sábado, 1 de junho de 2019

Aos Ultras sobre o Continental de Ultramaratona de 100K

Sobre o profeta do avião caído...

Aprendi este termo no Facebook, ele diz que é fácil falar de algo depois que ele ocorre, a analise fica fácil e dizer eu sabia é mais que o esperado. Pois bem, e se for  o contrário, possivelmente alguns vão falar que torço contra, que não ajudei e que criticar é mais fácil que ajudar. Mas não é assim que a história começa. Sempre quis comentar sobre os bastidores da corrida, algo que alguns não fazem a menor idéia do que é, ou acha que é tudo flores como acreditar no espirito esportivo, o que vemos nas propagandas e na ponta da língua de qualquer atleta.

Não é isso, organizar um evento esportivo é algo de empresa e deve ser tratado como assim, envolve muito dinheiro, muita expectativa e muitas incertezas. É um negócio de altíssimo risco.

Pois bem, a história é longa, tem muitos capítulos e versões. Não pretendo falar dos outros, mas da minha, exclusivamente minha análise, da vista deste cabra que lhes escreve do nordeste, do que eu acho que tem ocorrido, baseado nas minhas experiências, minhas conversas e todo o conhecimento que tenho adquirido na minha vida, seja como atleta, como biólogo, como filho e como pai e agora como aluno.

Há um tempo atrás formou-se um grupo para discutir a ultramaratona no País, a idéia é que este grupo criasse algumas diretrizes de trabalho, para que pudéssemos abrir grupos e assim todos caminhariam com o mesmo propósito em várias frentes, uma administração com pouca hierarquia e muitas discussões.

Acontece que os cabras que propuseram isso foram as mesmas que destruíram todo o processo, na medida em que soluções eram propostas, muitas delas no sentido de dar transparência, agilidade e autonomia para o projeto, eram barradas, ou mesmo deixadas de lado. Semanas de conversas eram perdidas quando eles sentiam sua autoridade iria desabar. As pessoas que vinham propondo tocando os projetos até então, não queriam, e ainda não querem perder sua influência, seu poder na tomada de decisões, elas entendem que por estarem a frente do projeto há muito tempo, tem e devem ser chefes de algo que não existe.

Na verdade no decorrer do trabalho, juntando os pontos, ficou muito claro que o objetivo deles com o grupo era validar, dar credibilidade a um grupo já enfraquecido, sem credibilidade. Isso não ocorreu por acaso, mas porque durante anos, sem chamar a atenção de ninguém, em épocas que era mais fácil fazer as coisas por debaixo dos panos! Ligações interurbanas eram caras, conversas que nunca ocorreram por falta de registros!

Estes tempos mudaram, com a ida de atletas para fora do país, divulgação em facebook, instagram chamaram a atenção de todos, porque tínhamos uma seleção de ultramaratona há anos e ninguém sabia? Porque não havia critérios claros para a seleção destas pessoas? Quem eram os responsáveis? Até hoje, podem acreditar, essas perguntas permanecem sem respostas. Quando perguntada aos responsáveis, pasmem a resposta:

“ Eu sou um “Consultor “, entre aspas, pois merece ser bem explicado qual a minha função. Eu sou um intermediador entre as partes (Stakeholders) que compõem a Ultramaratona no Brasil.
Que são 5: Atletas (alto rendimento, e amadores), Técnicos, Vocês Organizadores, a CBAt e a IAU.
No Continental, mais especificamente, meu papel é intermediar a relação entre a IAU, a CBAt, e o Organizador local, para o evento acontecer. 
Eu sou um facilitador do relacionamento entre essas as partes.
E neste mesmo sentido (função) eu ajudo também no Processo de Seleção da Delegação Brasileira.
Que envolve outros 3 grupos: os Técnicos e os Atletas (de alto rendimento) e a CBAt. E neste papel de intermediador eu não represento nenhuma parte, que é uma técnica psicológica para poder ter sucesso neste papel.
Apesar disso parece confuso muitas vezes...”

Me desculpem a franqueza deste nordestino aqui, mas isso para mim é nada, completamente esquiva a responsabilidades. Mas pergunte a qualquer atleta  de ultramaratona quem “manda” no esporte. Essas falas me lembram os discursos do Maluf, que depois de meia hora falando, para responder Sim ou Não, Flamengo ou Botafogo, você não sabia a resposta. Nós mudamos, essas respostas não funcionam mais, basta ver, que pessoas diretas tem ganhado multidões, discursos em que as pessoas são claras, às vezes até demais, tem ganhado eleições, não mais discursos nem ali, nem aqui.

Se perguntarem ao treinador que acompanha a seleção brasileira de Ultramaratona, ai fica pior ainda, apesar de estar lá todos os anos, ele sempre negou que é o treinador, apesar disso, pesa contra ele, uma séria de prints de tela, de conversas e e-mails com os selecionados para a seleção. Mais, pesa sobre ele, aplicação de dois pesos e nem sei quantas medidas para diferentes atletas, deixando claro fatores subjetivos e pessoais nas suas escolhas.

Curiosidades da corrida:
O presidente da comissão técnica do time de ultras é um treinador, também é organizador de corridas e treina atletas da seleção, coincidentemente, as provas que ele está organizando são válidas como seletiva, e sempre há atletas dele na seleção. Tudo mera coincidência? Não é apenas conflito de interesses, mas um triplo conflito de interesses. Ele nega tudo sempre, mas houve um evento, que a logomarca de sua empresa aparecia em todos os materiais, inclusive o pórtico de largada e chegada era dele, a prova foi um fiasco, a ponto de a organização perguntar aos atletas com 21 horas de prova quanto cada um correu, porque a cronometragem havia falhado. Agora pasmem, há o risco eminente da prova ser usada como seletiva para o mundial de 24 horas. Porque se não for considerada, atletas dele perderam o direito de ir ao mundial, ele já mexe seus gravetos.

Depois de 3 anos de conversa, de todas as partes, ainda temos uma seleção brasileira escolhida de forma subjetiva, sem critérios, mas não se enganem, pode piorar! Piorou na verdade.

Piorou na medida em que agora, estes Stakeholders, ganham um investidor, uma pessoa que vê a falta de regulamentação da atividade uma oportunidade de se apresentar o salvador da pátria, um cara que promete investir no esporte, porque ele ama. Ele acredita que há muitos talentos escondidos no país que precisam ser descobertos, tesouros a serem lapidados. Talentos que precisam ser revelados para o mundo. Foi a única vez que vi meu nordeste em um circuito. Uma proposta que leve a todos os cantos do país a oportunidade de participar de ultramaratona. E para consagrá-los, quem se destacar, ganhará a chance de representar o nosso País no Campeonato Continental de Ultramaratona que ele mesmo organizará.

Ele que como visionário que é, irá de bom grado regulamentar o esporte, irá pleitear junto a CBAT nossa regulamentação, com intermédio de alguém que não é nada senão intermediador. Claro que a Federação Internacional de Ultramaratona não poderia faltar a este grande espetáculo.

Esse cabra é tão arretado, que em Fevereiro ele confirmou uma corrida que ocorreria no dia 27 de abril na capital mineira, e que acreditem, foi de lá que saiu 5, isso mesmo, 5 dos 10 selecionados! Coincidentemente, de alguma forma, todos tinham relação com a comissão de árbitros. Mas é tudo coincidência não seriam tão cabras safados assim.

Tudo isso, em 6 meses, isso mesmo, 6 meses. Toda uma cadeia de trabalho formado, vários grupos de trabalhos, várias frentes, mas no final apenas um desfecho, uma última regra no regulamento.

“O Diretor da prova tem a autoridade de a qualquer momento cancelar, modificar ou inventar uma nova regra baseada em qualquer imprevisto ou fato singular, com o intuito de manter a integridade da prova, bem como a igualdade das regras para todos os atletas. O Diretor da prova tem total autoridade de mudar tudo, apesar das regras e suas interpretações.
Não existirá "recursos" em relação às decisões tomadas pelo Diretor da Prova. Todas as pessoas, atletas e membros de equipe, ao participarem da prova aceitam essas condições integralmente.”

Isso mesmo, esta é a última regra de tudo que te disse. A receita tá pronta! Um grupo se apoderou da ultramaratona do País.

Um discurso de oportunidades, uma promessa de algo novo e grande, e no final, alguém que manda. A receita de uma ditadura. Têm todos os elementos, é populista, não tem responsável, tem, é a comissão...a danada da comissão, essa comissão é uma erva e você não tem espaço para participar, ou mesmo criticar, ou até mesmo de quem cobrar, experimente isso e é banido por atitude antidesportiva.

Aí você deve estar se perguntando, e porque eu não faço nada? Porque tenho que pagar as contas, o feijão de cada dia, e as pessoas de bem, que poderiam se juntar a mim, não querem mais um desgaste nas suas vidas, já cheias de problemas, em parte, por anos de má administração pública, que tem gerado um empobrecimento em massa de um agora, antiga classe média. Para muitos de nós isso é hobbie, preferimos correr a comprar brigas com pessoas assim, elas não vão largar o osso, é a única forma que tem hoje de se manterem em destaque, já que todo o resto tem esvarrido entre dedos.

Pessoalmente, meu negócio tem crescido muito, e tomado muito meu tempo, pessoalmente prefiro trabalhar em algo que mando e posso ser correto, com pessoas que posso escolher, por isso, não quero comprar essa festa de são joão e sua briga de fogos, que sempre deixa um ou outro queimado, as chances de sobrar apenas eu nesse barco é grande, porque sempre tem o “dono”, não há como comprar um desafio deste tamanho sem ser um cabra macho. Tem que ter um rosto, uma pessoa à frente.

Continuando a nossa história. Porque a parte boa vem agora, igual novela....

Acontece que organizar um Continental de Ultramaratona, demanda planejamento, por sermos os anfitriões, queremos participar, queremos saber mais, e aí meu amigo, a porca torce o rabo, porque é necessário mobilizar um contingente de pessoas, que até então não era necessário, agora é necessário pedir ajuda, abrir números, conversar, falar das intenções, e aí inevitavelmente, abrir espaço para comparações. Quando dói no bolso, a pessoa esperneia, mostra sua verdadeira face, e aí, tudo que até então acontecia em  conversas menores, começa a tomar corpo e fomentar mais discussões. O apresentado não condiz mais com a realidade, discursos e ações não tem correlações e pode ser o início do fim de algo que já se mostrava lá atrás.

Vou dar uma pausa na história e ir para o final, onde o Consultor que não  sabe de nada, não faz nada, emite a opinião da organização, que também pode não ser a dele, afinal é bem confuso o que ele faz ou não. Sei é que diante do sucesso, ele será consagrado, por unir  as partes, mas diante do eminente fracasso, ele não terá culpa, pois foram as partes que falharam, não ele, afinal, ele nem sabe o que faz  ali...

Mas a coisa começa a mostrar todo um histórico de erros há alguns dias, quando a organização mostra os preços da prova, com destaque para a prova de 5 km, custando R$ 300,00 reais. Foi quando o nosso consultor envia a seguinte mensagem

Os 300 reais pagos na inscrição dos 5 km, o atleta ganha 2 dias de hospedagem em um alojamento.
Os Medidores e contratados são credenciados pela IAAF, os com a maiores patentes no Brasil (José Rodolfo e a Suzana).
É uma prova internacional , feita pela CBAt e a IAU.
Os resultados são homologados em ambas instituições, por terem Árbitros e Delegados de cada uma delas durante todo evento. (São falseáveis).
Será o 1° Campeonato da Associação Internacional de Ultramaratona na América do
Sul.
O Valor agregado é diferenciado, e quem quer ver a ultramaratona do Brasil crescer
deveria participar para ajudar, já que ela será a cara do nosso País para Ultramaratona do Mundo.
E Parabéns à todos Organizadores que se arriscam fazendo provas no Brasil pelo empreendimento e risco que vocês passam, é justo que vocês recebam a margem de Contribuição de vocês!

No caso da BR 135 neste Continental o risco foi potencializado, devido à todas exigências da IAU ($).
E é bom saber que mesmo sem ressaltar todos os diferenciais da prova (Valores - $) a única coisa que está incomodando é o valor da inscrição dos 5 km.
Melhor que ficar reclamando é tomar uma atitude: ou liga para o Mário e fala direto com ele sugerindo um preço mais adequado (para efetivamente ajudar),

Vou comentar trecho a trecho, de forma técnica, imparcial os erros que cometeram. Apesar de ser opinião do consultor, ela transmite o que deve ter sido discutido nos últimos dias:

Os 300 reais pago na inscrição dos 5 Km o atleta ganha 2 dias de hospedagem em um alojamento


Erro básico de gestão de marketing, desde segmentação, até produto, praça, promoção, tudo! As ultramaratonas são um nicho de mercado, muito restrito, normalmente pessoas envolvidas. Acreditar que por ser Ultramaratona, ser o Continental no País, e que isso seria suficiente para atingir todos os públicos do atletismo, de forma orgânica é um erro básico, esperado, mas básico, coisa de amador, baderneiro.

Outro erro básico é acreditar que uma pessoa que paga R$ 300,00 reais para correr com as seleções de ultramaratona das Américas, pensa em dormir em um alojamento, o padrão de exigência desse atleta é outro, independente de classe social, ele vai a busca do melhor desempenho atlético, e um alojamento pode colocar todo o planejamento a perder.

Regrinha básica dos 4 “P” , praça, preço, produto, promoção:
Praça – corridas de 5 km são vistas como algo pequeno para ultramaratonistas. Ultramaratona é tida como algo distante para corredores de 5 km. Ou seja, um produto errado para pessoas erradas em um local errado.

Preço – Produto com preço muito mais caro que o mercado, pelo menos 3x de corridas com excelente padrão, com histórico de entregar o que promete, pelo menos o básico, chamamos isso de paridade.

Promoção – Seria como a organização se comunica com o cliente, identidade visual, comunicação, enfim, como é vendido o produto, nesse aspecto, não tem um site, um facebook, não há identidade visual clara, confunde-se Continental e BR 135 de rua, enfim, tudo perdido. E BR de Rua, com BR de rua, cada dia um calendário.

Produto – parece ser bom , adequado, com grande potencial de consumo  pelos atletas. Mas há uma confusão, pois a BR 135 de Rua se confunde com o Continental, dando a sensação de que os dois produtos são apenas um, se é não deveria ser. Se não é, parece que é.

O que ainda não foi dito é que o cliente sempre posiciona a organização sobre o mais fraco, no caso, o mais impactante, e que gerou muitas criticas, foi o preço, hoje é tida como uma prova cara.

A organização entende que se posicionou como premium pelo fato de ter o Continental, mas não é a organização que se posiciona, é o cliente que posiciona a organização ou produto.

Enfim, há uma clara tentativa da empresa de se firmar como um produto premium, enquanto o mercado ainda não se posicionou. As chances desse posicionamento não se consolidar é alto, haja visto o regulamento do evento e as conversas que tem acontecido.

- Os medidores e contratados são credenciados pela IAAF, os com a maiores patentes no Brasil (José Rodolfo e a Suzana). É uma prova internacional, feita pela CBAT e a IAU. - Os resultados são homologados em ambas instituições, por terem Árbitros e Delegados de cada uma delas durante todo evento. (São falseáveis).

Esses fatores colocados acima como diferenciais, podem ser em uma competição nacional que vemos regularmente, mas isso é apenas paridade. É o mínimo que deve-se ter para ter um campeonato dessa envergadura. Não é favor, ou entregar algo a mais que o mercado nunca entregou, é obrigação.

Em um mercado imaturo como o Brasil erros básicos de cronometragem, falta de pessoas qualificadas para julgar atletas, e ter resultados homologados podem passar despercebidos pelos atletas, ou mesmo ignorado, mas isso continua sendo o BÁSICO para eventos de atletismo.

Em um mercado que até então não se mostrou preocupado com homologação, marcações de percursos duvidosos, dizer que terá os melhores, esses diferencial competitivo pode não ser visto como valor pelos atletas. Um erro comum, pois as organizações tendem a dizer as pessoas o que é valor, enquanto na verdade, o mercado dita o que é valor, a relação é inversa.

Como acreditar em valores, se nunca entreou-se o mínimo, e agora promete-se o que o mundo tem de melhor?!

- Será o 1 Campeonato da Associação Internacional de Ultramaratona na América do Sul.

De fato trazer um evento deste tamanho para o País é algo inédito e de grande potencial, para isso acontecer, deveria ter sido feito com mais planejamento e antecedência para poder aproveitar toda a divulgação orgânica que o projeto tem potencial.

Mas para que isso acontecesse, precisaria de um bom planejamento, e tempo hábil para execução, isso traria confiança. Um bom Assessor de Imprensa é fundamental para que ele leve tudo isso à imprensa, contate as pessoas certas e o projeto decole.

Precisamos saber quem são os atletas que virão, seus histórico, seus objetivos, suas expectativas com relação ao evento. Haveria a possibilidade de quebra de recorde? Quais países participariam? Quanto movimentaria financeiramente? Quanto o comércio ganharia. Enfim, uma série de perguntas e informações que dariam corpo ao projeto.

Isso bem feito, aí sim, as pessoas entenderiam porque valeria a pena participar. Mas há 60 dias do evento, a organização sequer tem a Comissão organizadora pronta e mais, pessoas de destaque no cenário, que deveriam fazer parte da organização, abandonaram ou nem entraram no projeto, brasileiro pode ser tudo, mas ele sabe que neste mato tem cachorro. Os nomes apresentados para para compor o quadro deste evento mais se assemelha a um encontro de amigos. Nada contra, mas sobra subjetividade e falta competência.

O valor agregado é diferenciado, e quem quer ver a ultramaratona do Brasil crescer deveria participar para ajudar, já que ela será a cara do nosso País para Ultramaratona do Mundo.

Erro básico de marketing, o mais básico e comum de todos, leia Kotler, apenas a introdução, fica a dica deste pobre professor que lhes escreve, acreditar que o consumidor irá comprar o que a organização tem como valor. É o contrário, quem define o que é ou não valor é o mercado, o consumidor, e isso pode mudar conforme muda o ecossistema. Exemplo, um parquinho na locadora de carro pode não ter valor algum a um empresário que viaja a trabalho, mas para uma família que inicia uma viagem, aquele brinquedo é o inicio da experiência. O empresário pode ser o mesmo, mas os momentos distintos, o coloca a locadora sob valores distintos.

E parabéns à todos Organizadores que se arriscam fazendo provas no Brasil pelo empreendimento e risco que vocês passam, é justo que vocês recebam a margem de contribuição de vocês!

            Há um equivoco nesta informação, a principio seria formado um comitê de organizadores para a organização do Continental, porém, conforme as conversas foram acontecendo e da forma que foi sendo conduzida, ficou claro que a BR 135 queria se aproveitar do Continental para se firmar com a BR 135 de Rua, principalmente como principal evento para a seletiva da seleção mundial. Neste momento, todos os organizadores retiraram seu apoio e o comitê não foi formado. Não há comissão de organizadores!

Os organizadores de outras provas já consagradas agora criaram de forma independente uma liga nacional de provas de circuito, temendo perder espaço para a BR 135 de Rua que se apresenta hoje como uma solução ao mercado. E usa Continental como um grande atrativo para participar de seu circuito.

No caso da BR 135 neste Continental o risco foi potencializado, devido à todas exigências da IAU ($)

Colocasse como “risco foi potencializado” aos altos custos que o evento tem! Enquanto na verdade expõe por parte da empresa organizadora uma total falta de planejamento e execução do evento, que não contemplou nas suas planilhas de gastos despesas da IAU. Além disso, com a falta de transparência e dando a entender que haveria outras razões por trás do Continental, os possíveis parceiros saíram.

Além disso, a falta de um planejamento claro, correta e bem feita não atraiu patrocinadores. Que apresenta claras dificuldades nas negociações. Basta ver que há 60 dias do evento, nenhuma marca foi apresentada. E se tivesse, não sabemos aonde foi, pois não há um canal que exponha isso, como uma pagina no facebook, um site, ou um blog, ou mesmo um caderno de atas, nada.

Expõe também as mazelas, onde delegações convidadas irão se alojar em dormitórios comunitários pela falta de verba para hotéis adequados as necessidades dos atletas. Convidamos os maiores nomes da Ultramaratona das Américas para que se alojem em dormitórios!

E é bom saber que mesmo sem ressaltar todos os diferenciais da prova (Valores - $) a única coisa que está incomodando é o valor da inscrição dos 5 Km.

Mais uma vez a organização acredita que oferece “Valor”, coloca o cliente, consumidor, como foco do problema. Como se o atleta é culpado por não entender e valorizar o que a organização oferece.

Enquanto na verdade, por um erro de planejamento, uma planilha de custo mal feita, e a falta de parceiros, a organização a 60 dias do evento, temendo um grande rombo no caixa, aumentou a inscrição afim de aumentar o caixa na tentativa de reduzir o rombo.

Essa atitude, além de demonstrar tudo que tem sido dito, mostra desespero para aumentar o caixa. Outro ponto é que parceiros já consolidados, diante da postura da atual tem abandonado o projeto, expondo fragilidades da organização, quebra de hierarquia, isso tudo a 60 dias do evento.

Outro ponto interessante, é que sem mesmo fazer uma pesquisa de satisfação ele atribui como único incomodo é o preço, e tenta responsabilizar o atleta por todas as suas mazelas.

Atletas vocês estão sendo convidados a pagar essa fatura.

Melhor que ficar reclamando é tomar uma atitude: ou liga para o Mário e fala direto com ele sugerindo um preço mais adequado (para efetivamente ajudar).

Nesta frase percebe-se que nem mesmo o consultor sabe o seu papel, ele deixa de agir com imparcialidade, e tecnicamente, e contatar a organização para relatar o problema, os atletas ficaram incomodados com preço, e transfere para o consumidor um problema que não é dele. Além disso deixa transparecer que não tem tido apoio dos ultramaratonistas, ele não mais é visto como representante de ninguém e segue isolado. Se mostra incapaz de dialogar com a organização, não convence a comissão de técnicos a importância de princípios de  éticos, e diz que os corredores precisam entender, o inatendível.

A BR 135, que foi a pioneira no país tem chamado a atenção de corredores há muito tempo, a forma de conduzir a prova, as decisões contraditórias e arbitrárias, falta de transparência, ausência ou incapacidade de comunicação com seu atletas, falhas na cronometragem que se repetem ano a ano ganham destaque nas reclamações. Chegou-se ao ponto, de no Congresso Técnico que antecede ao evento, para retirada de dúvidas e esclarecimentos do evento que se inicia no dia seguinte, ao ser questionado sobre a distância da prova com a alteração de percurso, o diretor da prova respondeu que cabiam aos atletas descobrir essa informação, porque ele não sabia e que ela poderia ter um erro, porque o GPS erra.

Agora depois de tantos, a organização aparece com um circuito de 12 corrida de rua, espalhados pelos 4 cantos do país prometendo entregar uma prova internacional, e logo na abertura da temporada, na primeira prova em Belo Horizonte, durante a reunião pré-prova,  um responsável pelo evento atrasado, outro diretor assume, e erra por três vezes ao falar sobre o percurso do evento, até que assume que não sabe e pergunta se alguém conhece o percurso! E que depois era um percurso de 4.400 metros, com 55 metros de ganho, o que deu aproximados 2.200 metros de ganho em 100 km, ganho similar a prova de trail com percursos tido como duros para padrões brasileiros. Além disso, os atletas que vinham em busca de índice, souberam no Congresso que às regras mudaram que agora só conseguiriam o índice atletas iniciantes na modalidade. O que depois se mostrou verdade e 5 atletas que participaram conquistaram sua vaga para o  Continental, de mesmo organizador.

Ignoraram inclusive o atual recordista de 24 horas, atletas que atendiam aos pré requisitos básicos deixaram de ser chamados e perderam a vaga para atletas que tem apresentado tempos inferiores, mas que tem bom relacionamento com COMISSÃO.  Comissão que se mantem omissa, achando que tudo será esquecido.

Uma empresa, um comitê que tem o silêncio e o esquecimento dos brasileiros como solução para todos os problemas. Agora se apresenta como solução da regulamentação do  esporte, avalizado pelo consultor da CBAt, em um gestão marcada por escândalos de corrupção e desvios de dinheiro. Uma Confederação que nunca deu qualquer apoio a Ultramaratona, de repente apresenta um consultor omisso, que visa se estabelecer como liderança, mas que foge as responsabilidades.

Mas não se enganem, estou aqui de cima olhando vocês...


Um abraço do singelo professor de administração aqui do Recife, que gosta de correr e acompanha tudo de sua terra, onde ainda tem-se poucas Ultramaratonas.

Um comentário:

  1. Estou perplexo com que eu li...Lamentável essa postura da comissão técnica...Vcs Ultras não devem ficar calados...Um absurdo.

    Joseph Luna

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Jorge Cerqueira
Ultramaratonista