quinta-feira, 31 de maio de 2018

Correndo na terra das Araucárias

Sempre quando viajamos trazemos uma lembrança da cidade ou país de visitamos, seja para presentearmos alguém ou guardar como lembrança. Uma certa vez em um filme de guerra que agora não lembro o nome, vi um Soldado que por onde ele passava na guerra ele pegava um pouco da terra e guardava em um pote pequeno de vidro para levar para sua cidade como lembrança, quando questionado por outro Soldado, ele respondia é para lembrar por onde passamos, depois vi numa entrevista da Ultra Jacqueline Terto daqui do Rio falando que quando fez a Ultramaratona 4 Desertos (Atacama, Gobi, Saara e Antártica) também fazendo o mesmo. Com isso também passei a fazer mesma coisa para ter boas lembranças de onde passei correndo, onde eu vou correr trago uma lembrança e ano passado trouxe uma concha da praia de Cassino da maior praia do mundo (Localizada no Sul do Brasil e se estendendo até o Uruguai) e falando do local,  ela tá guardada aqui em casa junto com os troféus. Dessa vez que corri na Ultramaratona de 48 horas da Mantiqueira em Passa Quatro - MG como não daria para trazer uma árvore dessa para o Rio, acabei trazendo uma flor desta araucária e vamos falar um pouco das Araucárias que predomina essa cidade.

Araucária
É o nome popular dado para a árvore da espécie Araucaria angustifolia, que também possui outros diversos nomes populares como: Pinheiro-do-paraná, Curi, Pinheiro-brasileiro, Pinheiro-caiová, Pinheiro-das-missões e Pinheiro-são-josé. A maior incidência na árvore conhecida no Brasil é no Paraná, sendo assim considerada a árvore símbolo no Estado. As araucárias são encontradas somente no hemisfério Sul.
Atualmente esta árvore encontra-se na lista das árvores ameaçadas de extinção. Uma idéia do quanto já foi devastada é que sua área foi reduzida de 43% do Estado do Paraná  (equivalente a 7,5 milhões de hectares), para 0,75% do Estado (equivalentes a 150 mil hectares).

Esta árvore pode medir de 20 a 50 metros de altura, possui sua copa voltada para o céu, o tronco cilíndrico e reto; sua espessura pode variar de 90 a 180 cm, com uma casca grossa (com até 10 cm de espessura), cor marrom-arroxeada, áspera e rugosa.

Quando a árvore está madura, a copa possui um formato peculiar, pois como o tronco cresce em linha reta sem desvio nenhum, a árvore se ramifica apenas no topo; seus ramos desenvolvem-se horizontalmente com as pontas curvadas para cima, sobrepostos uns aos outros, formando assim vários andares. Logo abaixo de sua copa, nos pinheiros mais antigos, aparecem alguns tocos, quebrando assim sua simetria.

Estruturas florais da espécie são polinizadas entre setembro e outubro. Esta planta possui macho e fêmea. As plantas fêmeas são as que produzem as pinhas, com 20 cm de diâmetro, sendo que cada uma pode abranger até 150 sementes (pinhões). Já a planta macho é responsável pela formação de cones alongados que podem chegar até 15 cm de comprimento e 4 cm de diâmetro, e é este cone que produz o pólen. Entre abril e julho, 20 meses depois de sua polinização, as pinhas já amadurecidas soltam pinhões saborosos que são procurados por animais como aves e mamíferos.

As Araucárias fêmeas florescem o ano inteiro, os machos florescem entre os meses de agosto e janeiro. As sementes são extremamente ricas em reservas energética e em aminoácidos.

A reprodução ocorre de forma que o vento transporte o pólen das plantas masculinas até as plantas femininas. Esse tipo de polinização é chamado de anemófila. Por ser uma gimnosperma, após o óvulo ser fecundado ela se transforma em semente, que por sua vez não tem a defesa do ovário. A proteção é dada por uma espécie de folha modificada, que envolve a semente, parecendo com um tecido fibroso. Essa proteção da semente é o que conhecemos como pinhão.

Esta árvore pode possuir diversas utilidades, pode ser usada em ornamentação, paisagismo de praças, etc; seus pinhões são amplamente consumidos pela população. A fauna silvestre também utiliza os pinhões como alimento, e ainda há a utilização da madeira como combustível para fornos e lareiras.

Mata de Araucárias
Uma floresta subtropical, que se localiza na região sul do Brasil, e encontra-se em estado de degradação. Como o próprio nome indica o que predomina nesta floresta são as araucárias; esta vegetação também é constituída por arbustos, como samambaias, xaxins e gramíneas.

A degradação deste ambiente ocorre em função do corte ilegal das árvores, que são destinadas a produção de madeira e resinas, seja na fabricação de móveis, papel, óleos, tintas e sabão. A abertura de novas áreas para agricultura e pecuária também contribui para a degradação da mata. Segundo pesquisas recentes 95% da mata nativa foi derrubada nas ultimas décadas.

Passa quatro é uma região turística das terras altas da Mantiqueira. Onde as árvores auracarias predominam a região. Sua posição privilegiada, no meio do caminho entre as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, com fácil acesso pela via Dutra, facilita o deslocamento de todos os participantes. Esta terra encantadora está repleta de atrativos naturais esperando pelas pessoas. É uma cidade do interior que tem seus bons atrativos para conhecer, como fui para competir não houve tempo hábil para conhecer essa linda cidade, mas quem sabe um dia retorno a ela somente para conhecer sem correr é claro...rsss.

Correr também é cultura.🏃🏃🏃

Fonte de consulta: Wilkipédia

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Ultramaratonista